Foto: Reprodução (sorrisologia.com.br)
Peri-implantite: conheça sobre a doença que mais causa perda de implante.
O Brasil está entre os países que mais realizam implantes dentários no mundo. Além de popular, essa técnica é extremamente bem sucedida, tendo 97% de efetividade nos primeiros cinco anos e 90% em mais de dez.
Ainda assim, os pacientes dispostos a passar pelo procedimento devem se atentar sobre possíveis problemas. Os implantes podem gerar complicações e, em alguns casos, até mesmo podem ter que ser extraídos.
Periimplantite
De acordo com o Prof. Dr. Luiz Antônio Pugliesi Alves de Lima, docente da disciplina de Periodontia, FOUSP, a periimplantite é uma doença infecciosa, causada por bactérias da placa bacteriana. Aquela mesmo que temos que remover diariamente, com escova, fio e creme dental, para preservar nossa saúde bucal! Essas bactérias acumuladas sobre os implantes provocam inflamação nos tecidos ao seu redor, levando a destruição do osso ao qual o implante está aderido. Ou seja, prejudicando a osseointegração. É uma doença que se inicia sorrateira e silenciosa, pois não dói, que pode levar a perda do implante! Então, esteja atento e cuide dos seus implantes!
O primeiro estágio desta inflamação é chamado de Mucosite Periimplantar. Neste período, o paciente apresenta apenas uma inflamação na mucosa ao redor dos implantes, que fica mais avermelhada e sangra com facilidade. Ainda não há perda óssea, e o tratamento local realizado por dentista especializado, associado a antissépticos e uma boa escovação e higiene bucal, podem reverter totalmente o problema.
Foto: Reprodução (mucosite periimplanta)
Porém, sem tratamento, a infecção pode evoluir e o paciente pode apresentar mau hálito, inchaço ao redor do implante, pus, sangramento, gengiva avermelhada, bolsas gengivais aprofundadas, e mais importante, perda óssea! Estes últimos sinais podem ser detectados apenas pelo dentista especializado, assim, é fundamental a visita a esse profissional regularmente. Neste ponto, o tratamento local será realizado pelo dentista especializado e poderá incluir: raspagem do implante, associação com antissépticos, uso de antibióticos, e após reavaliação, o paciente poderá ser submetido a um procedimento cirúrgico para a retirada dos tecidos inflamados e recuperação da saúde periimplantar.
Em casos mais graves, a perda óssea ao redor do implante já poderá ter atingido a maior parte do seu tamanho, ou ainda, este poderá apresentar mobilidade. Nesses casos, em que o dente não está mais fixo, é feita a retirada do implante durante a cirurgia. Atualmente, existem alternativas para reabilitar o paciente que tenha adquirido a periimplantite, mesmo que ele perca o implante, uma reconstrução óssea pode ser capaz de repor o osso perdido e possibilitar que o procedimento seja feito novamente.
Diante do risco de perda do implante, e da evolução silenciosa da doença periimplantar, recomenda-se que uma boa higienização bucal seja feita sempre, utilizando-se os recursos recomendados pelo seu dentista (escova, fio, escovas interdentais, creme dental, etc..).
Porém, sabemos que ninguém faz uma higienização perfeita, assim, a visita regular ao cirurgião dentista especializado é fundamental para prevenir a instalação da periimplantite.
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Lembre-se que só o dentista é capaz de detectar se está ocorrendo perda óssea ao redor do seu implante! Qualquer sinal de sangramento, vermelhidão ou inchaço ao redor do seu implante deve ser sinal de alerta para que você procure seu dentista. É importante lembrar que a mucosite não tratada poderá evoluir para uma periimplantite, assim, a mucosite deve ser tratada o mais breve possível!
Prevenir é a palavra de ordem.
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Dra. Iara Arebalo – Master Clínica