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Um ano após o lançamento, o programa Voa Brasil, criado pelo governo federal para ampliar o acesso de aposentados e estudantes a passagens aéreas mais baratas, teve adesão abaixo do esperado. Dos 3 milhões de bilhetes aéreos ofertados por meio da iniciativa, apenas 15% foram efetivamente vendidos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29).
O programa, idealizado pelo Ministério de Portos e Aeroportos, tinha como proposta oferecer passagens a R$ 200 para públicos específicos em períodos de baixa demanda. Inicialmente, a meta era atingir mais de 21 milhões de beneficiários potenciais. No entanto, os números revelam que menos de 500 mil bilhetes foram comercializados.
Entre os principais motivos apontados para a baixa adesão estão a falta de divulgação adequada, dificuldades técnicas na plataforma de acesso e a limitação da oferta de voos a determinadas rotas e datas. Além disso, muitos interessados relataram que não conseguiram encontrar passagens com o valor anunciado.
O ministro Silvio Costa Filho afirmou que o governo está revendo o modelo do programa e estuda parcerias com novas companhias aéreas para ampliar a cobertura e corrigir falhas operacionais. Segundo ele, o objetivo continua sendo garantir a democratização do transporte aéreo no país, especialmente para camadas da população que historicamente têm menos acesso ao serviço.
Apesar dos números tímidos, o governo avalia que o Voa Brasil tem potencial para crescer com os ajustes necessários e deve anunciar, em breve, uma nova fase com mudanças no formato e na estratégia de divulgação.