
(Imagem: Reprodução)
Pesquisadores identificaram a presença de partículas de poeira do deserto do Saara na floresta amazônica. O fenômeno foi detectado por sensores instalados na Torre ATTO, uma estrutura de 325 metros de altura localizada no coração da Amazônia, que monitora a qualidade do ar e outros parâmetros ambientais.
Segundo os dados divulgados nesta semana, as partículas foram registradas em três momentos distintos entre janeiro e março deste ano. A poeira viajou mais de 5 mil quilômetros, atravessando o Oceano Atlântico impulsionada por ventos fortes — um trajeto que pode levar até duas semanas.
De acordo com os cientistas envolvidos no estudo, essa poeira pode influenciar diretamente na fertilidade do solo amazônico, por ser rica em nutrientes como fósforo e ferro, além de interferir na formação de nuvens. No entanto, os efeitos exatos da chegada dessas partículas à região ainda estão sendo analisados.
A pesquisa reforça a complexa conexão entre biomas distantes e o papel global das correntes atmosféricas na manutenção de ecossistemas.