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O uso frequente e sem prescrição médica da tadalafila — princípio ativo presente em medicamentos para disfunção erétil — tem acendido um sinal de alerta entre especialistas da área da saúde.
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (5) pelo G1, o consumo do medicamento por homens jovens, muitas vezes sem necessidade clínica, pode gerar dependência psicológica e mascarar causas mais profundas de disfunções sexuais.
De acordo com o urologista Leonardo Seligra, entrevistado pela reportagem, a automedicação com a substância pode gerar a falsa sensação de segurança e desempenho sexual, dificultando o diagnóstico de fatores emocionais, hormonais ou mesmo relacionamentos interpessoais que estejam influenciando a performance do paciente.
O especialista chama atenção para o fato de que, embora a tadalafila seja segura quando usada sob orientação médica, o uso recreativo do medicamento tem crescido nos últimos anos, impulsionado por propagandas enganosas e fácil acesso, especialmente via internet.
Além da dependência psicológica, o uso indevido da tadalafila pode levar a efeitos colaterais como dores de cabeça, desconforto abdominal, congestão nasal e alterações de visão. Em casos mais graves, pode causar complicações cardiovasculares, sobretudo em indivíduos que fazem uso de medicamentos incompatíveis com a substância.
A reportagem também destaca a importância da abordagem integral da saúde sexual masculina, incluindo o diálogo com profissionais da saúde, exames clínicos e acompanhamento psicológico, quando necessário. “A sexualidade saudável vai além da ereção. É preciso entender o corpo, os sentimentos e as relações”, afirma Seligra.
Por fim, o alerta dos especialistas reforça que medicamentos como a tadalafila devem ser usados com responsabilidade, sempre com prescrição médica, e jamais como atalho para o desempenho sexual. O bem-estar masculino depende, antes de tudo, de informação e cuidado com a saúde física e emocional.