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O número de trabalhadores domésticos com carteira assinada no Brasil apresentou uma queda de 18,1% entre 2015 e 2024. Os dados constam no Sumário Executivo da RAIS/eSocial, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com o levantamento, o país contava com 1,64 milhão de trabalhadores domésticos formais em 2015. Em 2024, esse número recuou para 1,34 milhão — uma redução de aproximadamente 300 mil vínculos. A diminuição foi observada em praticamente todos os estados brasileiros, com exceção de Roraima, Tocantins e Mato Grosso.
Entre os estados que apresentaram as maiores quedas estão o Rio Grande do Sul, com uma redução de 27,1%; seguido pelo Rio de Janeiro, com 26,1%; e São Paulo, com 21,7%.
Segundo o governo, fatores como o envelhecimento populacional, a redução no tamanho das famílias e as mudanças nas dinâmicas do mercado de trabalho já vinham influenciando a oferta e demanda por trabalho doméstico no país. A pandemia de Covid-19, por sua vez, acentuou ainda mais o cenário de retração, principalmente em função das medidas de isolamento social.
Apesar da queda no número de vínculos formais, o perfil da categoria manteve-se praticamente o mesmo. Em 2024, cerca de 89% dos empregados domésticos com carteira assinada ainda eram mulheres — uma leve redução em relação aos 90,5% registrados em 2015. Além disso, a metade dos vínculos segue concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país.