Quando um bebê chora, é comum que logo se dê chupetas ou mamadeiras para que ele se acalme. Para os pais, a sucção desses objetos são formas de acalmar a criança. No entanto, o hábito aparentemente inofensivo pode ter consequências altamente prejudiciais para a saúde da criança.
Mas como o seu uso pode influenciar diretamente no desenvolvimento dos dentes? De fato, a boca é uma das formas do bebê ter os primeiros contatos com o mundo, e apesar do diastema poder ser fisiológico ou patológico, o uso de chupetas e mamadeira por tempo prolongado também pode ser a causa desse quadro, devido à pressão que é exercida sobre os dentes.
Por que diastema (espaços entre os dentes) é considerado um problema bucal?
O diastema nos dentes pode sim ser considerado um problema bucal. Existem alguns requisitos fundamentais para uma perfeita oclusão dental e um deles é existir ponto de contato entre todos os dentes, que protege a papila interdental (gengiva entre os dentes) e evita o acúmulo de alimentos entre os dentes.
O que pode causar diastema nos dentes?
É importante entender o que é um diastema antes de entender o que pode causá-lo. Diastema, popularmente conhecido como ‘sorriso janelinha’, é um espaço entre dois ou mais dentes, mais comum nos dentes anteriores da arcada superior. Eles podem ser considerados um problema bucal, entretanto, também pode ser a marca registrada no sorriso de alguém, como Brigitte Bardot e a cantora Madonna, por exemplo. Vários fatores podem levar ao diastema, um deles é o freio labial (tecido que se estende do lábio à gengiva) inserido de forma incorreta. Ele acaba dificultando a junção dos dentes após sua erupção. Além disso, a falta de algum dente ou a diferença muito grande entre o tamanho deles são motivos que podem levar ao diastema, assim como o uso prolongado de mamadeira ou chupeta.
Qual a opção de tratamento para o diastema e qual a necessidade de corrigi-lo?
Se faz necessária a correção do diastema, o tratamento ortodôntico é o mais indicado, no entanto, mesmo após o uso do aparelho dentário existe a possibilidade de precisar fazer o fechamento do diastema com material restaurador, como por exemplo, a resina composta. Para encontrar o tratamento correto para isso não deixe de se consultar com seu dentista de confiança para analisar todo o caso e saber como proceder diante do problema. Para você, o diastema até pode ser considerado um charme no sorriso, mas saiba que somente um profissional pode julgar o que é melhor para sua saúde bucal.
Dar chupeta para o bebê não chorar, como já dizia a marchinha de carnaval, é um gesto quase automático para amenizar a manha dos pequenos. O problema é que, ao mesmo tempo em que esse acessório é capaz de tranquilizá-los, ele também pode fazer mal para a saúde bucal na infância. Segundo os dentistas, o mesmo vale para aquelas crianças que vivem com o dedo na boca. Mas e agora, será que esses hábitos podem levar ao entortamento dos dentes?
Chupeta e dedo na boca prejudicam a dentição?
Muitos podem achar um hábito inofensivo e fofo, mas chupar dedo e chupeta após os 3 anos de idade reflete em problemas bucais futuros para a criança. Se esse hábito se mantém até a época da troca dos dentes de leite pelos permanentes, as más oclusões podem necessitar de um aparelho ortodôntico para sua correção. Se interromper a prática o quanto antes, as alterações dentárias leves são corrigidas logo após a sua eliminação.
A importância da sucção
O ato de chupar a chupeta ou o dedo não é nenhuma anormalidade, afinal, de 60% a 70% dos bebês
necessitam dessa sucção não nutritiva e abandonam espontaneamente esses hábitos até os 4 anos de idade. O perigo começa quando esse costume permanece por muito tempo. Se os pais percebem esta necessidade, o ideal é oferecer a chupeta ortodôntica, mais fácil de ser removida que a sucção de dedo. As más oclusões geradas podem levar ao uso de um aparelho ortodôntico para sua correção.
Abandonando a chupeta sem estresse
Os pais ficam preocupados no momento de retirar a chupeta, mas o importante nesta hora é não causar traumas. Jogar o acessório fora sem avisar não é a melhor atitude. Vá afastando aos poucos até o seu filho não sentir mais falta. Conversar também é muito bom. Explique a todo momento que a criança precisa deixar a chupeta por conta da idade e que será o melhor para ela. Se o pequeno apresentar resistência, procure ajuda de um especialista. Desta forma a criança não corre o risco de ter problemas bucais e encara de forma positiva a perda do acessório.
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